A ressureição do filho da viúva de Naim

08/06/2017 18:46
                       
Logo depois, Jesus foi a uma cidade chamada Naim, e com ele iam os seus discípulos e uma grande multidão.
Ao se aproximar da porta da cidade, estava saindo o enterro do filho único de uma viúva; e uma grande multidão da cidade estava com ela.
Ao vê-la, o Senhor moveu-se de intima compaixão para com ela e disse: "Não chores".
Depois, aproximou-se e tocou no caixão, e os que o carregavam pararam. Jesus disse: "Jovem, eu lhe digo, levante-se! "
O que estivera morto sentou-se e começou a falar, e Jesus o entregou à sua mãe.
Todos ficaram cheios de temor e louvavam a Deus. "Um grande profeta se levantou entre nós", diziam eles. "Deus interveio em favor do seu povo".

Lucas 7:11-16
 
 
Esta é mais uma bonita história do evangelho que nos mostra a compaixão e o amor de Deus para com o homem. Mas como sempre toda a passagem encerra em si um significado mais profundo, esta em especifico, além de nos trazer um grande conforto espiritual traz também uma grande esperança.
 
O contexto
Jesus tinha saido de Cafarnaum e dirigiu-se à cidade de Naim, que em hebraico significa “a bela”, “a graciosa”. Naim era uma aldeia construída próximo ao monte Tabor, a sudoeste de Nazaré. Jesus percorreu cerca de trinta e oito Km, vindo de Cafarnaum e chegou a Naim à tarde, horário em que normalmente se realizavam os funerais.
E ele estava acompanhado por muitas pessoas felizes, que glorificavam a Deus pelos sinais que haviam visto. Mas Jesus quando rodeava e subia a encosta que leva à cidade de Naim, encontra um cortejo fúnebre. O morto, um jovem, filho único de uma mãe viúva:
O filho da viúva de Naim
O cortejo fúnebre, seguia em sentido contrário ao de Jesus, para o cemitério, que se localizava (conforme o uso dos hebreus), a certa distância das casas, fora da povoação(a dez minutos a leste de Naim, ainda hoje são vistos sepulcros abertos na rocha). E assim se deu esse encontro com um claro contraste de ânimos. De um lado, uma multidão alegre pelo que presenciaram com Jesus. De outro uma outra multidão que chorava a morte de um filho querido.
A viúva
E a mãe do jovem morto via a tragédia da sua vida se agravar ainda mais. Já havia perdido o marido e com certeza passado por um sofrimento enorme pois ser viúva naquela época era por si já um enorme problema pois a mulher naquela época não podia ter emprego e salário, assim só lhe restava o filho para prover o seu sustento.
Porém com a morte de seu filho, esta viúva, além do sofrimento da separação pela morte de sua família, estava agora sozinha, sem nenhum meio de sustento. O futuro era tudo menos risonho, a viúva de Naim estava exposta e condenada à solidão e à miséria. E sofrendo com aquela viúva ia uma grande multidão triste e abalada pela morte do filho da viúva, ainda mais tocada por seu próprio destino que se revelava entristecedor.

A profundidade da passagem

 
O cortejo fúnebre como representação da humanidade
E se analisarmos a passagem vemos que este cortejo está saindo da cidade de Naim, ao contrário de Jesus que ia entrar. E Jesus, ainda que aparentemente nada tivesse com isso ou mesmo que alguém lhe tivesse pedido, se move de intima compaixão e se dirige ao cortejo fúnebre ressuscitando o  jovem morto.
E assim como essa multidão do funeral, também toda a humanidade se dirige para a morte e para o cemitério, esse é o triste destino do homem, preso nas correntes da morte.
 
Naim, o Paraíso perdido
O nome da cidade Naim que como vimos significa a Bela, a Graciosa, a cidade Feliz, representa então o paraíso/céu, e a saída do cortejo fúnebre da mesma para o cemitério representa a queda espiritual humana desse mesmo paraíso, que tal como o nome da cidade indica era belo e feliz, mas agora esquecido pela humanidade. Dessa forma, o homem pecando abraçou o destino da morte e inevitavelmente na carne se dirige para ela com choro e sofrimento.
Mas Deus, tal como Jesus fez pela viúva, ainda que nós não merecessemos ou até lhe tivéssemos pedido, se moveu de intima compaixão por nós, que estávamos espiritualmente mortos e a caminho da inevitabilidade da sepultura. Assim nos enviou o seu filho amado para que ressuscitemos e voltemos à cidade que é bela, feliz e graciosa, recuperando a nossa vida. E assim podemos retornar à Naim espiritual onde não há sofrimento, nem pranto, nem dor, apenas alegria e felicidade.
 
Levante-se!
Depois, aproximou-se e tocou no caixão, e os que o carregavam pararam. Jesus disse: "Jovem, eu lhe digo, levante-se! "
O que estivera morto sentou-se e começou a falar, e Jesus o entregou à sua mãe.

Lucas 7:14,15
 
Então nós que já estivemos mortos e que fomos tocados por Jesus devemos seguir a sua ordem: LEVANTEMO-NOS!
Logo o jovem se sentou e começou a falar, e é isso mesmo que devemos fazer: FALAR!
Devemos dar nosso testemunho aos homens que estão espiritualmente mortos para que estes deixem o cortejo fúnebre de suas vidas, deiam meia volta e com alegria voltem para Deus e à sua cidade que é Bela e Graciosa.
 
Conclusão
Nesta passagem além de termos um resumo da história do drama humano que resume a tragédia e dor que este caiu por rejeitar o Criador, vemos ainda como Deus, apesar de nosso erro, se compadece de nós. Em sua infinita compaixão, Deus decide visitar o seu povo e libertá-lo, ainda que isso lhe tenha custado um alto preço. Assim Deus nos mostra o seu amor para connosco e nos deixa mais uma importante mensagem de esperança.
Nesta passagem também vemos que Jesus é o Senhor da vida e pode até ressuscitar aqueles que já morreram para uma nova vida espiritual. Assim, se mesmo sem lhe pedirmos, Ele veio ao nosso encalço, ainda mais fará se lhe pedirmos. Então se você tem um familiar ou amigo que vai a caminho da morte, ou mesmo já partiu na tragédia espiritual, ore e peça em nome de Jesus por ele.
Jesus pode dar uma nova oportunidade a essa alma resgatando-a da morte pois Ele é o Senhor da vida, o Senhor do Universo!
 
E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.
Apocalipse 21:4
 

Fontes:

 
O filho da viúva de Naim